/> Ecológica de Salto: Poluição sonora também mata

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Poluição sonora também mata



Estudo europeu sugere novas leis

Barulhos de tráfego causam um milhão de anos de perdas de vidas saudáveis na União Européia e na Noruega, devido a doenças, incapacidade e mortes prematuras, revela um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). É uma magnitude apenas comparada à da poluição do ar, diz o estudo.

"A poluição sonora não é apenas um incômodo ambiental. Ela também é uma ameaça à saúde pública", diz Zsuzsanna Jakab, diretora regional da OMS para a Europa. "Esperamos que estas novas evidências levem governos e autoridades locais a introduzir novas política de controle de ruídos, protegendo a saúde dos europeus deste mal crescente". Uma em cada cinco pessoas experimentam perturbações durante o dia, e uma em cada cinco tem o sono perturbado por causa de barulho de estradas, ruas, trens e aeroportos. Isto aumenta o risco de doenças cardiovasculares e pressão alta, capacidade de atenção e tinitus, informa o Environmental News Service.

A OMS diz que são necessárias melhor vigilância e coleta de dados para o sudoeste da Europa e Ásia Central, onde a falta de informações inibe estimativas da extensão dos danos à saúde. Espera-se que em julho a Comissão Européia divulgue uma proposta, para atualização de uma diretiva que cobre o nível permissível de som e de escapamentos de veículos - estabelecida pela primeira vez em 1970. "Esta nova avalição é uma evidência da contribuição da OMS para as políticas da União Européia", diz Rokho Kim, cientista especializado em ruído e saúde do escritório regional da OMS para a Europa.
O Escritório Ambiental Europeu, uma coalizão que engloba mais de 140 grupos em 31 países, quer que o estudo da OMS ajude a fortalecer a lei anti-ruído. "Este estudo deveria ter sido feito há muito tempo, e seus resultados mostram que não há desculpas para o não estabelecimento de uma lei de ruído ambiental mais ambiciosa", segundo Louise Duprez, da organização. De acordo com o estudo da OMS, 1.8% dos ataques de coração em países europeus de alta renda são atribuído a ruídos de mais de 60 decibéis.


Fonte: Planeta Urgênte

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